
AnimA
1. Bem vindo
Era tarde de verão, e o sol já se preparava para descansar. Pensei eu que nunca iria retornar a cidade, onde claro tive grandes e tristes momentos em minha vida. Hoje vejo o quanto deveria ter tomado tamanha decisão a muito tempo, já era hora.
Parecia tudo diferente do que a umas luas atrás, em minha opinião não se passaram tanto tempo, para mudanças tão bruscas, foi difícil entrar na cidade, mas nada que uma hora de interrogatório não fosse suficiente.
Não me recordo da beleza da estrada que dava para direção dos portões de entrada, realmente as mudanças foram grandes. Logo na entrada avistei duas estátuas que empunhavam de forma vitoriosas grandes espadas com o brasão do reino, as muralhas eram as mesmas só que dessa vez mais altas, dizia minha mãe que eram feitas de uma vegetação que ninguém em nenhuma parte do mundo tinha visto, ela podia mudar de forma assim até aprisionar estranhos que tentassem invadir a cidade era chamada de Muralha de Astheroth. A cidade parecia a mesma, casas e construções simples e de bom gosto, até a chegada do castelo havia muitas ruas para se percorrer, tinha muitas lembranças de minha infância nestas ruas. Esta era a cidade de ERANIS capital de ARTHEMIA para mim a cidade mágica, poucos podiam atravessar o grande portão até o palácio, na cidade todos sempre tinham vontade de entrar nas dependências do castelo, mas não podiam devido a restrição absurda devido aos acontecimentos trágicos. Em toda arquitetura da cidade é difícil encontrar algo que não tenha alguma relação com uma tecnologia supostamente avançada, estátuas e imagens, as casas ainda que ostentem uma arquitetura campestre: jardins, flores, cercas, embora outras: andares, torres, elevadores, mas mesmo assim não tirava a beleza da cidade. Sabia que encontrariam conhecidos ainda; ou se ainda me reconhecessem. Minha primeira parada seria onde eu mais queria ir depois dessas longas férias... Minha casa.
Quando subi percebi que ali as ruas haviam mudado, e chegando próximo a minha casa tinham construído um pequeno jardim com toques imperiais com um fonte de metros de altura, ao virar a rua a esquerda avistei de longe e já estava com medo, ela estava ali não haviam mudado nada pensei que eu chegaria até a rua e avistaria minha pobre casa demolida.
Meu nome é Daniel Marshal, mas conhecido como Dan, ou pelo menos todos me chamam e me cobram assim, tenho 18 anos, morador da cidade de Eranis, devido ao caos e conflitos durante a posse do trono de Arthemia, minha família foi morta, durante a guerra contra a tal criatura que devastava a cidade. Minha mãe e eu estávamos em casa, e pelo que lembro, ela tentou me proteger, e o que dizem é que me encontraram preso em um dos cômodos enquanto meu quintal e plantações eram tragados pelas chamas da guerra. Meu pai era um guarda real da trabalhava no momento em que a torre havia sido atacada pela criatura, dizem que ele foi encontrado morto exatamente no quarto de Diana com uma espada na mão e sangrando até a morte, nada ele disse antes de morrer.
Passei cinco longos anos vivendo com conhecidos da minha família, então senti que já era hora de retornar a minha cidade e a minha casa, sinto que meu destino esta aqui e daqui nem deveria ter saído, minha mãe ficaria orgulhosa ao ver que retorno são e salvo ao nosso lar e daqui não pretendo mais sair.
Minha casa por fora parecia não ter tido muitas mudanças, fiquei contente por isso, me aparentava uma conservação impecável, confesso fiquei assustado esperando não ter surpresas com “novos” moradores.
De coração acelerado, preocupado e de mãos suadas me senti como um peixe fora d’água pronto para mergulhar e ser liberto ao mar. Segui uma pequena estrada de pedras, e fui logo me aproximando da porta, ao tocar na porta reparei que estava entre aberta , mas não tive menor preocupação no momento só mantive o anseio em olhar cada canto, com um correr rápido do olhar. Não era de se imaginar, mas o local estava como exato minha mãe sempre deixava, tudo organizado e limpo, as poltronas, as mesas, a escrivaninha, os quadros, num lapso alucinante deixei a bolsa cair ao chão, e examinando tudo que lógico aparentava perfeição fui em direção a cozinha e lá uma garota compenetrada fazia seus afazeres com prazer como se nada a incomodasse; se assustou com minha presença, pediu-me desculpas e foi logo se explicando. Confesso não entendia sua presença ali naquele momento poderia até que minhas idéias sobre moradores novos na casa se concretizassem.
Lindy era seu lindo nome, tinha lindos e longos cabelos castanhos amendoados, suas madeixas eram colocadas em longa trança, deixando mexas a frente de seu rosto, permitindo que as vezes pudesse esconder seu rosto branco aveludado, vergonhosamente afastava-se pela aproximação, vestia um vestido simples e como de dona de casa, era de bom gosto, acentuava sua cintura, mas escondia suas pernas finas pelo fato de ser muito longo. Ofereceu-me um chá que exatamente no momento estava a preparando, disse a ela que parecia que adivinhava que logo chegaria com um sorriso tímido tentou disfarçar.
Conversamos por horas, e em hora me contava o motivo de estar cuidando da casa, explicava que seu pai sempre foi amigo dos meus e por isso haviam prometido que deixaria tudo como estava até a minha chegada, que de certo este dia chegaria. Fiquei envergonhado, e surpreso por tão lealdade e amizade a qual também eu deveria honrar, fiquei contente em saber que podia contar com amigos que ali ainda estavam.
Logo em seguida Lindy pediu-me desculpas, com seu jeito doce e tímido de ser; pois deveria partir e deixava a casa em minhas mãos e me prometeu retornar em breve.
Despedi-me como um cavalheiro que sou esperando e confirmando sua presença em outro momento mais apropriado. Agradeci seus préstimos e fiquei ali eu e minhas centenas de perguntas, mas só duas me afligiam no prezado momento. Cansado só imaginava uma coisa: O quanto a água seria quente para um bom banho e a cama aconchegante para um belo sono.
Cansado ainda lutava com o sono para que pudesse ainda no momento permanecer mais alguns segundos deixando pernas e costas me deliciar com o descanso. Mas em vão minha mente insistia em levantar, pois o sol da tarde já e sua luz muito indesejada ultrapassava as cortinas brancas do quarto, péssima idéia de quem colocaria aquelas cortinas; eu logo punha uma de cores escuras para esconder qualquer rastro de luz possível de se ultrapassar, afinal lugar de descanso é de descanso.
Desci com muito sacrifício as escadas e lembrei que teria que fazer algo para comer, quando cheguei a mesa percebi que já não era preciso, um bilhete deixado sobre uma caneca me dizia: "O café esta pronto, espere que goste. Ass.: Srta Grandhel."
Meu coração se encheu de alegria, pois sendo péssimo na cozinha como era só provocaria uma grande faxina ou um acidente com fogo.
Aprecei-me pois meu desejo era poder compartilhar minha alegria em retornar a minha terra com todos os que pudessem, fiz parada em lugares exóticos e de grande valia, havia construções e casas recentemente aberta, me espantei como haviam evoluído, conheci e andei de crossline um transporte bastante interessante que me levou pelo alto da cidade, diziam ser a criação mais inovadora da cidade. Nas lojas eram os skytrans, flyripers, e outros que faziam a vez, quase poucos poderiam ter um. Altamente atento a tudo, tive tempo de sobra pra comer uma deliciosa comida da cidade.
Não deixei de reparar que ali também se respeitava as tradições e lugares simples e de fácil acesso, ainda existam, e não se utilizavam de tamanhas tecnologias, forcei-me a entrar em umas dessas hospedarias velhas de plaqueta na porta e tudo, janelas pequeninas e avistava cortinas coloridas. Ao entrar percebi que mantinham realmente uma tradição e muitas pessoas ali estavam, coisas que não vi em outros estabelecimentos, aqui sim era um ótimo lugar para encher a barriga de uma ótima bebida e quem sabe um lanchinho. Fui logo me sentando e me familiarizando com as pessoas que ali estavam, alguns até me reconheceram, alias reconheceram de quem eu era filho. Muitos contaram várias histórias sobre Arthemia e suas guerras, eram as que eu mais adorava, depois claro das que diziam que depois da última grande guerra, monstros atacavam as proximidades.Muitos anos se passaram até que os reinos tivessem retomado suas vidas normais, e reconstruíssem a paz em seus lares, a quem diz que não foi só Arthemia na noite do desastre que teria sido atacada e boatos corriam que uma cidade inteira já havia desaparecido misteriosamente e outros vilarejos completamente destruídos. Conforme o passar das horas e das histórias, percebia que o assunto era mais sério do que pensava, muitos já preocupados com invasões pensavam em se socorrerem e abrigarem nos vilarejos próximos, varias idéias passavam pelas cabeças do povo.
- Vai tomar algo mais? Perguntou um velho barbudo, e forte atrás do balcão.
No momento não respondi, pois depois de uma hora acho que ele percebeu, que a única coisa que tinha bebido era um grande copo de água, até o momento.
- Não se preocupe esse é por conta da casa. Disse ele colocando uma grande caneca sobre o balcão, com alguns petiscos.
- Eu coneci seu pai e temos muito em comum, era ele que vinha todo o dia comer e beber aqui nas suas horas vagas. Ele adorava este lugar, considerava seu pai como um irmão.
Realmente senti que ele falava a verdade, e era a primeira vez que alguém falava a respeito do meu pai tratando-o como amigo.
- Espero poder ser o mesmo para o senhor. Disse eu agora despreocupado
- Com certeza será se és filho de Richard Marshal sempre será bem vindo.
Conversamos sobre meu pai durante horas, ele me dizia tudo que eu pudesse perguntar era realmente muito próximo dele, me diverti muito na sua companhia.
- Como foi sua viagem, sua chegada até aqui, sua casa como esta? Perguntou ele.
- Não poderia ser bem melhor, minha casa continua como estava e tudo organizado, me assustei com a presença de uma bonita garota, assim que cheguei, mas já estou gostando dela, até café me preparou, acredita?
- Verdade?
- Sim fiquei maravilhado. Ela é boa, além de bonita, daria uma ótima esposa, prendada, nossa! Vamos combinar ela é um máximo.
- Que bom, é difícil encontrar garotas assim.
Naquele momento, uma pequena cortina ao fundo se abria e de lá alguém saia.
- Você trabalha aqui? Perguntei.
- Sim a muito tempo, desculpe não posso tomar seu tempo, tenho que trabalha. Respondeu Lindy indo em direção as mesas já lotadas de clientes.
- Sua família se agradaria ao ver que chegaria e seria bem vindo entre nós. Eu e minha família ficamos a disposição da sua a muito tempo prometi a seu pai que cuidaria da casa e de tudo até sua chegada. Acho que cumpri minha promessa a risca. Dizia com ar carrancudo o velho do bar.
- Claro que sim e agradeço, a propósito qual é o seu nome conversamos por horas e...
- Me chamo Franco Grandhel, minha filha trabalha aqui também, creio que já a conheceu, seu nome é Lindy Grandhel, tenho prazer em conhecê-lo senhor Marshal.
De mim não saia mais palavra alguma da minha boca, minha mente só repetia e martelava as coisas que havia falado de Lindy para aquele senhor seu Pai. Neste momento fez-se o silêncio profundo.
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2 . A convocação
Não muito distante no castelo e nas redondezas de Arthemia, ao norte, sul e outros até na fronteira de Myn, ouvia-se um forte boato de que o trono já não governado por rei e rainha a muito tempo, onde o conselho real comandado por Lady Mirea e Sir Richard.
O reino de Arthemia havia sido construído em seus primórdios pelos nicks seus poucos habitantes até hoje, com a guerra negra vários povos tentaram se abrigar na cidade, formando residências e famílias, hoje a cidade é formada de vários povos. O que se via era uma cidade assustada e se preparando para uma guerra a qualquer momento, achava eu agora não teria sido um momento muito bom para retornar.
Lindy veio logo pela manhã, trazendo uma pequena correspondência que haviam deixado com seu pai para ser entregue a mim, na carta havia um selo real. Tentei permanecer calmo, mas não tive sucesso. A correspondência solicitava minha presença em total segredo á torre leste, não entendia e muito menos sabia do que se tratava mesmo assim fingia não acreditar. Logo mais que depressa aprecei-me para verificar o que a carta queriam com a minha presença.Fiquei durante horas andando pela cidade criando coragem para ir até o castelo.
Já era a tarde, passei pelo grande portão, pedindo autorização para os guardas a entrada, eles muito educados me mostraram o caminho até a torre leste, sem nenhuma exitação.
Era um caminho calmo havia um jardim imenso florido e seu caminho era de pedras grandes também se via ao longe um grande gramado com rochas gigantes. Antes de chegar a torre avistei uma ponte, a qual por indicação dos guardas dela deveria passar e logo estaria na porta. Na ponte havia uma garota sentada sobre a margem de um pequeno lago que passava. Ela era de média estatura, tinha cabelos ruivos não aparentava ser forte, trajava uma roupa como um tipo de uniforme, com o mesmo broche no peito idêntico ao meu. Levantou-se rapidamente ao ver minha presença, e com um gesto rápido me cumprimentou.
- Então é você o atrasado? Estou eu aqui por horas, aguardando sua chegada. É de minha responsabilidade cuidar da sua entrada torre. Porque não veio mais cedo?
Confesso fiquei encantado com sua presença, mas depois de um sermão, no qual minhas orelhas já se cansavam de sua presença, não fiz mais questão de prestar mais atenção nas palavras que ela dizia quase que por um instante tive vontade de jogá-la no riacho, mas ainda não satisfeita, me jogava milhares e centenas de ofensas e razões por ela ainda estar ali aquela hora. Finalmente ela decidiu me levar até a porta, assim que alertei que se continuasse a falar mais, mais tempo ela perderia comigo ali. Acompanhou-me e pediu que eu subisse as escadarias até o ultimo andar. Perguntei a ela se ali não havia um daqueles elevadores fantásticos, ela somente olhou em meus olhos deu uma risada meio que infeliz, e não me respondeu, bateu a porta e se foi. Fazer o que subi, subi as escadas que pareciam não ter fim.
Naquele momento uma grande porta rangia a minha frente sendo aberta para a entrada, será que poucos haviam adentrado naquele recinto logo a frente havia um trono de madeira rústica, no piso havia um grande círculo e no centro uma espécie de pilar, não era visível o desenho que o piso mostrava, mas era grande e tomava quase toda sala, as paredes eram exatamente como as de fora da torre, as janelas eram cobertas por finas cortinas de seda branca e uma brisa suave cobria o local. Uma pessoa saia por através de uma cortina vermelha a direita do salão, era uma mulher alta e bem apresentável, tinha cabelos encaracolados até a cintura, olhos verdes, revestida de uma armadura que reluzia com a luz, era uma armadura elegante parecia pesada nos ombros, mas ela não aparentava se incomodar, no seu lado direito acima da orelha tinha como um grande prendedor de cabelo em formato de asa.
- Como vai meu, rapaz, pensei seriamente que não viria qual o motivo de tamanha demora?
- Nenhuma em especial... Eu diria.
- Tudo bem. Não se preocupe acho que já ouviu sermões o suficiente hoje creio eu. O que tenho a declarar é de extrema urgência, e de excelência preocupação, não temos mais tempo.
- Desculpe... Afinal estou no castelo e não sei quem...
- Eu é que peço desculpas. Meu nome é Mirea, e todos me conhecem como Lady Mirea. Não temos muito tempo e peço unicamente que me escute e confie em mim.
- Não entendo? Como posso confiar se ao menos sei do que se trata?
- Todos corremos riscos nesta guerra, mas agora já não podemos mais subjugar nosso adversário, deixamos ele vivo por muito tempo, e enquanto nós evoluímos, ele também cresceu, enquanto preparávamos armas contra ele, ele também preparava contra nós, agora já é tarde.
Ela andava por toda a parte do salão e com ar de preocupada, repetia ás vezes mesmas frases me deixando preocupado. Procurei por muitos minutos acalma - lá, mas era inútil minha tentativa, deixei-a por horas falar e nem ao menos abria espaço para perguntas como ela mesma mencionou.
- Você terá tudo esclarecido e o que deve ser feito, me acompanhe.
Sem me perguntar se poderia, ou queria; conduzia-me ao centro da sala onde havia um pequeno pilar e sobre ele uma bacia de pedra com um líquido limpo e transparente.
Pediu então que não me assusta-se e ficasse calmo. Insistia em ser educada e calma, mas não me escondia o que sentia realmente por dentro. Vi que ela abaixava a cabeça e erguendo as mãos levemente entre o pilar que misteriosamente foi adentrando na terra sumindo no piso deixando um buraco amostra. O desenho do piso pareceu brilhar como um braseiro, e formando um círculo sobre o piso iluminado, ainda sim não conseguia ver que pintura formava-se; do centro outro pilar se erguia e sobre ele uma esfera de luz transparente que parecia refletir o céu dentro dela. Não conseguia tirar meus olhos da pedra e quando dei por mim Lady Mirea estava a minha frente, segurava a minha mão e pedia que tocasse a pedra. Foi então que o fiz, e o que me esperava eu não saberia dizer.
Meus olhos não conseguiam se abrir, uma grande porta se erguia e uma luz imensa tomava parte do lugar.
Era ainda um salão, mas desta vez, maior que o anterior, e as luzes ainda ofuscavam minha visão. No recinto todos os objetos, piso e paredes pareciam refletir um brilho que não se distinguia de onde poderia vir o teto era coberto por uma espécie de vidraça nele ainda havia ao centro um grande círculo idêntico ao do salão onde me encontrava. Logo mais a frente também tinha um trono só que maior, de acento vermelho era todo esculpido em madeira com formatos delicados de rosas e espinhos, atrás uma grande árvore tomava o lugar, dela exalava um perfume inebriante, em tudo não havia sentido tal perfume.
Muito nervoso e ao mesmo tempo ansioso aguardando em pé, intacto no centro da sala, o silêncio me envolvia, mas sentia a presença de alguém.
- O que estou fazendo aqui? Que lugar é este? Onde estou? Apareça!
Como em um passo de mágica uma luz brilhou sobre o trono e fez se aparecer. Era uma mulher, aparentemente parecia ser de estatura alta, magra e de pele branca como a neve, seus olhos azuis como o mar, sua veste era colorida, seus cabelos longos meio que dividido ao meio e lançados para trás com uma belíssima tiara de brilhantes cristais. Seus cabelos eram extremamente grandes parecia se assentar sobre eles no trono, mexas arrastavam ainda por sobre o piso. Tinha mãos e unhas grandes mas delicadas, suas orelhas eram pontudas como da raça dos Nicks, mas eram bem mais exageradas e os nicks não eram tão pálidos.
- São muitas perguntas para pouco tempo que tenho. Disse ela.
- Quem é você? Perguntei com forte indagação.
- Meu nome é o que pouco importa no momento, caro rapaz. O que esta em questão aqui é outro assunto. Trouxe-lhe aqui para que aceite um convite especial para juntar-se conosco em uma missão que caberá não unicamente a você.
- Desculpe, mas já me fizeram este convite, mas como aceitar, se nem ao menos me respondem minhas perguntas, creio eu fáceis de se responder e ...
- Por favor, suas questões serão todas esclarecidas, por este momento que virá.
- Mas se puder pelo menos explicar o que esta ocorrendo.
- Precisamos que parta em busca da princesa Diana, ela precisa retornar o mais rápido possível para Athemia, para governar seu povo. Dizia a Mulher.
- Eu não entendo?
- Conforme o tempo passa sinto a luz dela cada vez mais se extinguir. Sabemos que ainda esta com vida. A escuridão já tomou uma grande proporção e levou várias cidades e reinos a decadência, a cada lua que se atravessa, ela vai se fortalecendo podendo tomar grande força.
- Espere se ela esta viva, porque não foi resgatá-la ainda, depois de tanto tempo ainda estão esperando o que?
- O cumprimento da profecia, ela já se fez e é exatamente o momento certo. As tropas se preparam para abrir o caminho para que vocês possam ir livremente a direção ao Continente Perdido onde relatos afirmam a presença de Diana no seu território. Este é o motivo pela convocação inesperada de tantos e sua preparação. Nosso tempo acabou. Quero que conheça uma pessoa ela irá te ajudar. Sem que percebesse se encontrava alguém próximo à entrada parecia calma e despreocupada.
- Ela é Ishino Akari, irá acompanhá-lo e dará todos os detalhes. Desculpe-me pelos transtornos e fico contente por sua presença. Chegue mais perto.
Chegando em sua direção, ela pediu que estendesse a mão e que me daria um presente que guardaria para vida inteira, subitamente de sua mão saiu um bracelete com o brasão real, este presente disse ela seria de meu pai que havia pedido para que me entregasse. Poderia ser um truque, mas na realidade quando meu pai havia falecido a única coisa que não acharam para ser entregue em seu sepultamento foi justamente o bracelete.
Sem muito controle das minhas emoções agradeci, mas logo em seguida erguendo seu braço direito em direção ao trono, fez-se retirar da grande árvore através de uma luz imensa um cristal, pediu que ficasse com ele. Ao tocar no cristal no ar ele flutuava e se dividia em cinco, cada parte com uma respectiva cor; a cor verde era a que mais brilhava e sem ninguém se mover o cristal veio em minha direção.
- Este é seu presente. Como pode perceber o seu é de cor verde, leve-os com você serão de grande importância. Quando chegar a hora cada um irá escolher o seu dono e assim poderão entender sobre eles.
O salão já estava mais visível e a luz toda se estendia, ao centro onde uma esfera de luz brilhava incansavelmente só um foco de luz foi suficiente pra me derrubar, tudo se encheu de luz e logo a escuridão me abateu.
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3 . A aventura começa
Depois de uma noite mal dormida, pensei que pelo menos acordaria com um café pronto na cama, infelizmente me enganei. Não recordava como havia chego em casa.
Assim que abri os olhos dei-me de cara com uma moça sentada, vestia um longo vestido branco com detalhes, tinha no braço direito uma pulseira intrigante. Seus olhos eram claros quase esbranquiçados, era assustador; cabelos brancos longos e meio encaracolados.
Ishino Akari era o seu nome veio comigo da minha viagem esquisita. Contava-me tudo que queria saber e me deixou a par da verdadeira situação.No meu quarto pendurado sobre um roupeiro havia um tipo de uniforme com um simbolo de um brasão no peito em forma de broche, pendurado nele um bilhete escrito: "Vista-se".
Ela é calma, sabe se expressar bem só fala quando falamos com ela, é fácil de lhe dar, esquisita mais fazer o que e quem não é. Ishino disse que teríamos uma missão ainda em Arthemia e retornaríamos para o castelo e lá explicações viriam.
Indo em direção ao castelo, percebi que todos me olhavam diferentes, como se eu estivesse com algum problema, mas fui logo percebendo, pois os olhos não eram para mim e sim pra Ishino, que disse que todos olhavam espantados, pois não tinham visto a muito tempo magos andando livres pela rua. Ao entrarmos pelos portões do castelo o que vimos eram grandes tropas parecendo se preparar, ou em treinamento, algumas espalhadas pelos campos e jardins.
- O que realmente você faz aqui neste imenso castelo? Algo especial? Perguntei a Ishino.
- É com já lhe disse, sou só uma mera aprendiz de feitiços não tenho nenhuma ocupação especial. Por favor, daqui pra frente pode me chamar de Shino, e assim lhe chamo de Dan, economizamos palavras, OK?
- E porque acha que esta aqui agora, me ajudando?
- Não sei, esta pergunta não pode ser respondida por mim. A propósito chegamos de perguntas inúteis. Quero que conheça outra pessoa, me acompanhe.
Ishino me levava em meio aos corredores para porta dos fundos em direção a um grande jardim, onde se via várias espécies de plantas, flores, árvores, no meio a uma floresta, onde as plantas formavam caminho para passagem. Paramos e quem vê ao longe sentada a beira de uma pequena ponte, hoje meio tristonha, instantaneamente seu rosto voltou-se ao meu olhar e um sorriso estampou o seu rosto revelando a certeza de que aquele momento seria melhor que o anterior.
- Olá, quem é este?
- Quero que conheça Daniel Marshal, ele será nosso companheiro de viagem.
- Já tive o prazer de conhecê-la.( Embora nem ao menos soubesse seu nome)
- Meu nome é a Alana Misaki de Sinedria, Dan vejo que hoje não se atrasou, também alguém te trouxe percebi.
- Pois é, mas hoje acho que não tenho nada marcado e hoje parece que você esta mais calminha esta até com uma cara melhor.
- Claro que estou bem e porque não estaria hoje ninguém me deixou plantada esperando.
Seu rosto foi preenchido com um ar de "como é atrevido rapaz", com as sobrancelhas ao alto e os lábios levemente para baixo.
- E digo mais pelo menos não tive que sair da torre sendo carregada por ninguém.
- Pois bem, já que já foram apresentados e pelo que vejo já se conhecem. Disse Shino com ar frio.
Novamente ela pediu para acompanha-lá até a sala central. O caminho foi curto, mas o suficiente para Alana e eu conversarmos civilizadamente o que não foi possível, durante o caminho até quis me jogar por cima de uma pequena ponte. Mas a verdade é que graças dou por que Shino estava ali no momento.
Lady Mirea e Sir Richard tiveram o desprazer de convocar uma extraordinária reunião do conselho, para possíveis apresentações constrangedoras. Explicaram sobre o número de tropas e divisão de equipes, digamos que falaram várias coisas como táticas de guerra, invasões, proteções, coisas desse tipo. Conversa cujo me deixou cansado e de pouco interesse, uma verdadeira bobagem. Fui despertado várias vezes por Alana. A única parte que me preocupou foi o fato de termos que ir os três sozinhos, e este seria o nosso grupo eu Alana e Ishino, havia tantos soldados bem que poderiam nos acompanhar. Mas tiveram o prazer de explicar que assim evitaríamos suspeitas e seria menor o grupo pelo momento.
Nossa missão foi dada, tínhamos que agora partir em direção a uma floresta conhecida pelas suas árvores gigantescas. Lá deveríamos encontrar dois aliados do reino e assim poderiam ajudar em nossa jornada, a partir dali deveríamos saber onde poderíamos encontrar um caminho mais seguro para o encontro com Diana. Antes de qualquer coisa tinha que ir até em casa e preparar minha bagagem embora não deveria me preocupar em levar muitas coisas. Na realidade eu não deveria ir a viagem antes de me despedir de duas pessoas e agradecê-las, Lindy e seu pai.
Cheguei em casa e ela não estava lá, mas a casa estava organizada, pois eu mesmo havia deixado ela uma bagunça. Saberia que os encontraria na pousada de seu pai, expliquei a Grandhel o convite que havia recebido porém não pude entrar em muitos detalhes, me consolou e fez questão de me despreocupar dizendo que muitos outros jovens também haviam sido convocados, porém ele não conpreendia que a minha missão pareceia muito diferente. Lindy ficou contente mais preocupada, bem que queria que ela pudesse nos acompanhar, mas alertei que daqui a três dias deveríamos retornar a Arthemia, logo cedo pela manhã um transporte nos levaria a floresta por isso esta noite seria curta então deveria descansar o máximo possível e dormir. Logo dormir é comigo mesmo.
4. A Floresta das árvores gigantes
Após uma noite extremamente aproveitável. Tínhamos um caminho longo a cumprir, mas o que não sabia era que teríamos o desprazer de termos que ir a pé até um lugar chamado Ronin Soul, lá teria a liberdade de pegar um transporte terrestre para chagarmos a floresta.
Ronin Soul era um pequeno vale próximo as montanhas de Calflin, era como espécie de cidade onde as pessoas trabalhavam na construção de transportes de várias escalas, Shino parecia conhecer tudo e todos, sempre bem vinda e cumprimentada, eu e Alana só pudemos ficar nas portas da cidade e Shino teve total liberdade de passagem. A porta da cidade ficava entre duas grandes montanhas, um grande portão de madeira dividia a entrada, soldados de poucas palavras guardavam a entrada.
- Pronto, podemos atravessar o Monte Ocnic e lá pegaremos nosso transporte. Disse Shino.
A cidade era composta de quatro grandes montanhas, e cinco pequenos montes, deveríamos chegar até o quinto para pegar nossa condução, sendo que o quinto deveríamos escalá-lo.
- Boa sorte á todos, espero que cheguemos lá com vida. Declarei minha insatisfação.
Demoramos horas para chegar, mas chegamos. Nunca havia visto algo parecido, o carro era grande e não tinha portas laterais entravamos por trás. Tínhamos assentos reservados e um motorista para nos guiar. Alias um capitão era assim que ele gostava de ser chamado. O capitão explicava durante a viagem que este veículo recentemente fabricado e de nova geração não possuía rodas e flutuava a pouco do chão, era um transporte de guerra, blindado e ainda possuía a frente grande parte proteções e armamento pesado. O capitão teve o prazer de nos responder como que forma de combustível a maioria dos transportes funcionavam. Dizia ele que só unicamente tinham funcionamento através dos cristais de Anima, que eram acoplados ao dispositivo que fazia gerar a energia necessária. Chegou a abrir um compartimento do tanque e mostrar o cristal, que girava em grande velocidade, envolvido em uma energia brilhante fazia os motores funcionarem. Capitão Jony Quarter era seu nome, dizia que sabia pilotar boa parte dos veículos de Arthemia e ele mesmo deu nome a boa parte deles. Era da raça dos Nicks, simpático e atencioso. A própria Shino o conhecia e lógico já tinha conhecimento destas informações. Atravessamos vários campos e um pequeno rio, depois dele só conseguíamos avistar um campo imenso, mas não havia verde; algumas pedras e terra pareciam um deserto sem areia, grandes montes de pedras e terra pura, mas logo ao longe pude ver algumas árvores só que de longe pareciam pequenas, estava errado eram gigantescas, próximo a elas ainda haviam pequenas plantações.
A partir dali a entrada de qualquer veículo era proibido pela floresta, disse o capitão, pois a própria floresta proibia a presença de seja qualquer tipo de transporte, só entra com a total permissão dela, e se houver qualquer desobediência a floresta acaba cuidando dos intrusos. O capitão não poderia prosseguir conosco então deveria retornar a partir dali e nós continuaríamos nossa caminhada, que pena pensei; não agüentava mais andar.
Shino sabia o caminho a seguir, e durante a caminhada fiquei preocupado, Alana aparentava estar morrendo de medo, pois a sensação que tínhamos era que as árvores olhavam para nós e nos seguiam. Adentramos no meio de algumas gigantes árvores, do nada fomos surpreendidos por uma queda de um tronco em nossa frente, em uma das gigantes árvores avistei uma sombra que se deslocava rapidamente mais a frente, atravessando de uma árvore a outra. Shino pediu que ficássemos atentos, Alana já se preparava para um ataque surpresa enquanto empunhava sua espada tomando a frente. Logo alguém surge pulando de um tronco a nossa frente e com uma pose desafiadora, nos impede a passagem.
- Talvez queiram passar por aqui? Pelo que vejo acho aqui ser o único caminho a seguir.
- Quem é você, saía já da nossa frente ou não hesitarei em usar de força. Disse Alana.
- Espere Alana se acalme.
Shino me olhava com um ar esquisito, eu sabia que queria dizer alguma coisa, mas não conseguia decifrar. Uma voz ecoou na minha cabeça, era a voz de shino que dizia: “Fique atento ela não é daqui, pode ser perigoso”. Só que já não era suficiente, quando tentei impedir Alana, já era tarde demais. Alana havia partido em direção a mulher, com rápidos golpes tentava golpeá-la, mas sua defesa era inacreditável, Alana é rápida, mas ela era mais rápida ainda, sua agilidade era incrível. Alana ergueu sua espada e com um golpe único iria acertá-la em questão de segundos aquela moça já estava em suas costa e com um único golpe acertou-a arrastando-a em direção as árvores, folhas caíram ao vento e por um instante o tempo pareceu parar, girando seu corpo em nossa direção, e com o mesmo olhar desafiador disse:
- Quem é o próximo?
Shino insistiu que esperasse e de forma nenhuma demonstrasse medo, mas estava difícil. Em um súbito salto da mata Alana ergueu-se e partia para cima da moça em um duplo salto, escalando uma das árvores pulou em direção a ela, era certa a nossa vitória. Mas em um movimento rápido da mão da mulher saia uma luz que fez surgir dela um bastão e num movimento circular da sua extremidade um arma se formou, era como um chicote só que toda sua parte era envolvida por um tipo de lâmina que cortava os galhos das árvores com grande facilidade, Alana estava no chão novamente, e eu não sabia o que fazer.
- Preparem-se, aqui termina sua Jornada, espero não deixá-los chateados por isso, mas é preciso. Em outro movimento ela pulava e atingia ao chão com grande força, ao partir em direção de Alana com suas mãos leves seu chicote retalhavam as árvores e plantas sem o uso de muita força.
Shino tentava defender Alana, e dos seus movimentos conseguia se desviar, Alana corria em direção a ela para tentar impedir, com grande velocidade a mulher lançava sua arma que fazia as lâminas desaparecer, e agarrar-se a perna de Alana lançando-a ao longe.
- A morte será pouco para vocês. Garoto, acabo com suas amigas depois é a sua vez.
Eu não sabia o que fazer, levava comigo em minha bolsa os cristais que brilhavam com muita intensidade. Do céu surgia com grande êxito um ponto de luz forte que varava as folhagens e atingia a frente da mulher, mas outro atingia seu lado direito e esquerdo, parecia não pretender atingi-la só assustá-la, de vários outros ela pode se desviar assustada não sabia de onde viria o ataque e quem atirava, olhando para o chão via fincado a terra flechas que brilhavam como o sol. Da terra fez-se surgir raízes que agarraram, seus pés, que subia em direção a suas pernas, pretendendo envolve-la e parecia puxá-la para dentro da terra. Conseguiu ela se livrar das raízes, e com muito medo e nervosa olhava em todas as direções ao alto procurando nas árvores quem a atacava, se viu obrigada a abandonar a batalha, me olhou fundo nos olhos e fugia espantada sem ao menos saber quem poderia atacar, pois não via de onde vinham os ataques. Adentrou a mata e supostamente tínhamos certeza de que voltaríamos a vê-la em outra ocasião.
Das árvores, uma garota surgia sentada em um dos galhos, aparentemente pouco preocupada e sorridente. Tinha um arco em suas mãos, de onde teriam vindo os ataques, tinha seus
cabelos amarrados em grandes tranças, olhos castanhos e se pendurava nas árvores com muito facilmente.
- Não se preocupem ela não volta tão cedo, sabíamos que ela esta pelas redondezas, só não entendemos como ela consegui entrar na floresta.
Indo em direção a Alana, que estava um pouco machucada, enquanto falava cuidava dos ferimentos dela e procurava colocá-la em um lugar confortável.
- Tivemos a notícias de que chegariam hoje, e parece que ela já estava sabendo disso a mais tempo que nós.
- Mas porque ela queria nos matar e impedir nossa passagem. Perguntei.
- Isso é só o começo, teremos muito a enfrentar ainda.
- Quer dizer então que ela já tinha conhecimento, agora ficará pior ela já sabe que estamos aqui então teremos que ser rápidos, nós não podemos ficar muito tempo aqui todos correm risco. Disse Shino.
- Não tem o que temer se quiserem terão que atacar por ar pois a floresta já nos protege a muito tempo. Desculpe não me apresentei. Meu nome é Kairi, sou moradora da Cidade de Treecone filha de Eltyra, creio eu para onde estão indo.
- Exatamente. Espero que possa nos ajudar.
- Com certeza, aqui nenhuma criatura irá atacá-los ou fazer mal, já chegaremos a cidade, desculpe, mas preciso de ajuda.
- Por quê? Perguntei.
- Pode ajudar sua amiga, ela não esta em condição fisicas de se movimentar muito, e o medicamento que dei a ela vai demorar o efeito.
Não acreditei, mas tive que além de andar por quilômetros, carregar Alana pelo Braço. E olha que Kairi ainda apressava a gente para andarmos mais rápido. Gostei de Kairi a primeira vista parecia sensata e disciplinada não era chata como Alana. Mas mesmo sendo chata me preocupava seu estado, não falou nada durante o percurso final, nem uma ofensa fez pra mim, realmente estava me preocupando.
Chegamos a cidade, não havia portões ou coisa parecida para atravessar, era uma floresta imensa de árvores gigantes. As casas eram acopladas as árvores, tinham pequenas varandas e pontes que interligavam umas a outras. Haviam jardins floridos muitas pessoas e crianças nos olhavam e cumprimentaram com grande alegria e gratidão por estarmos ali, senti realmente que de certa forma o povo que ali vive se importava conosco.
Não havia muito que fazer por ali só tínhamos que poder continuar nossa jornada com ajuda de sei lá quem da cidade. Pelo fato de Alana ainda estar mal decidimos passar aquela noite, e logo antes do sol levantar decidimos partir.
Tivemos o prazer me conhecer Eltyra a rainha de Treecone, e receber a notícia de que estavam a inteira disposição do reino, e a cidade contava com os melhores arqueiros, treinados desde pequenos nas habilidades de armas, de longa distância. A rainha e todos nos receberam bem, e antes que fossemos aos nossos aposentos, Kairi fez questão de mostrar a cidade e que visitássemos seu lugar favorito chamado de Tibéri em um lugar afastado das casas ainda na floresta, havia um pequeno jardim e pedras grandes formando como um círculo em volta de uma bacia de água cristalina, como uma fonte ou poço, parecia ter profundidade suficiente para entrar uma pessoa dentro, no fundo avistavam-se algumas luzes de cores diversas. Kairi explicava sobre os costumes de sua tribo, e sobre suas formas de se vestirem e praticarem suas habilidades. Os homens já eram predestinados desde a infância a se dedicarem ao exercício com o windwood, espécie de arma antiga usada na caça e arcos e flechas; já as mulheres eram dedicadas a cuidar do lar. kairi era uma excessão praticava arco e flecha, há poucos adultos e quase nenhum jovem que saiba manusear um windwood exceto seu irmão.
Estava eu sentado observando, calmamente as histórias de Kairi, Shino já desistiu do assunto e cansada já se dirigia aos aposentos.
- Muito “velha pra assuntos de jovens” dizia Kairi rindo e fazendo piadas.
- Quero que venha comigo. Veja só uma coisa. Pediu Kairi, me levando para cima de uma das pedras e logo em cima dava para olhar em baixo um garoto, sentado sobre uma rocha parecia meditar.
- Aquele é meu irmão seu nome é Korn,vamos ver se ele esta bem, já faz mais de horas que esta ali. Disse ela.
- Nem ao menos com nossa conversa ele desperta, deve estar dormindo.
Kairi sem ao menos pensar lançou uma pedra em direção a cabeça de seu irmão, e quando o vi já agonizava no chão, enquanto ela dava gargalhada escondendo-se ao meu lado pedindo que me abaixa-se.
- Que negócio é esse! Será possível, Ai!Ai! Hei rapaz. Você ai?
Não deu tempo e ele já estava na minha frente, pedindo explicações e de galo na cabeça.
- Espere tenha calma, não fui eu... Eu vou explicar. Foi ela!
Kairi se escondia as gargalhadas atrás dos arbustos.
- Seu tolo, como sempre perdendo tempo com meditações baratas, enquanto eu passei a tarde em apuros, a senhora nossa mãe esta por aqui com você, porque me deixou sozinha pela floresta para receber nossos visitantes.
- Falei pra você não sair de perto de mim. E que assim que terminasse minha meditação iríamos até a floresta, não foi?
- Pois é se dependessem de você estariam mortos e enterrados agora. Ainda bem que foi moleza, mas mesmo assim não vai escapar de uma bronca se prepara...
- Minha nossa estou frito. E quem é esse?
- Este é Daniel Marshal, da cidade de Eranis, Dan.
- Desculpe minhas palavras Dan, não queria te tratar mal.
- Não tem problema, eu entendo.
- Isso é o que dá ter uma irmãzinha tão boa.
- Obrigado! Eu agradeço. Disse Kairi com um largo sorriso.
- Vamos é melhor que retornemos para casa, já vou me preparando no caminho.
- Vamos sim.
Enquanto voltávamos fui percebendo o quanto Kairi e Korn, eram tão próximos e parecidos mesmo com aquelas brigas e discussões eles sorriam e brincavam. Eram irmãos gêmeos e por isso tanta proximidade, eram diferentes um do outro só no modo de falar e agir eram idênticos, Korn tinha cabelos espetados bem no alto da cor castanho mais claro, era magricela, e usava uma faixa na testa,sempre brincalhão como a irmã.
Passei uma tarde bem, mas não consegui se quer ter a chance de descansar meus olhos, mas para mim pouco fazia a diferença o importante era podermos estar o mais longe possível dali, pois corriam perigo com nossa presença.
Antes que o sol nascesse fomos até a presença de Eltyra, Korn e kairi que convidou-nos ao banquete. Com todos reunidos e Alana já recuperada.
Eltyra falou que saberia que nossa presença era essencial para o fluxo da vida no mundo e concordava com os planos do conselho em formar tropas de segurança já que a própria floresta corria risco de invasões bárbaras, e para proteção de seu lar e cidade, faria o possível para assegurá-los de qualquer mal. Comentou conosco também que de lá iria dois dos habitantes de Treecone para levarmos em segurança até a cidade de Lighttower, e que o caminho até lá não seria fácil e precisariam de mais companheiros, pediu que abrisse minha bolsa onde guardava os cristais que estava sob minha proteção, assim que coloquei os cristais a amostra dois deles reluziam assim como comigo na primeira vez e hoje o levava amarrado a meu pulso como segurança. Brilhavam os de cores amarela e rosa. O de cor amarela flutuava em direção a Kairi que parada em frente ficou entusiasmada com o seu brilho, sem mais o segurou. O mesmo aconteceu com Korn que ficava com o cristal de cor rosa achando meio esquisito; pois não era sua cor favorita; mas não exitou em pegá-lo.
- O presente foi entregue pra aqueles que merecem, fiquem sabendo que vocês estarão interligados até o encontro com o último cristal, de modo que estarão unidos até que sua missão esteja completa. Fico contente por meus filhos poderem fazer parte disso, e que por ironia do destino sempre estarão juntos em qualquer momento. Como sabem cada cristal possui sua habilidade e de acordo com sua cor terão o prazer de desfrutar de suas...
- Como assim? Perguntei espantado.
- Ishino Akari , não contou a eles sobre os cristais.
- Peço perdão vossa majestade, não era o momento exato para tais explicações.
- Deveria ter contado, assim poderiam ter evitado o confronto na floresta.
- Mil perdões...
- Não a necessidade, vou explicar-lhes tudo.
Tivemos o prazer em voltar até Tibérii, e fomos convidados a ficarmos todos em volta do poço, cada um com seu respectivo cristal.
- Terei o prazer de lhes contar mais sobre os cristais de Anima, mas antes quero que vejam com seus próprios olhos.
Enquanto olhávamos um para o outro em volta do poço, Eltyra com um gesto juntava as mãos e logo em seguida, colocou a mão sobre o poço que misteriosamente fez uma grande torre de luz que ia em direção ao céu, o ar se movimentava rápido, os cristais reluziam com a luz, o meu cristal verde fez com que folhas me envolve-se rodopiando a minha volta formando círculos e outras formas , pareciam dançar com uma bela sinfonia. Alana ficou preocupada, pois algo se formava abaixo de seus pé e dele chamas incandescente subiam quase a sua altura, levava consigo também um cristal em volta do pescoço como um colar. Ishino estava afastado de nós, mas de longe víamos que ao seu redor uma energia se elevava, e viam-se algumas esferas negras de energia que transmitiam uma para outros raios. Kairi e seu cristal amarelo, raios por todo seu corpo se espalhavam. Com Korn seu cristal rosa, fluía energia de forma como um grande redemoinho em sua volta, seu cabelos espetados ficaram cada vez mais no alto. Era isso então que nos ligavam formas de força e energia presente nos cristais que se fundiam com nosso corpo e mente fazendo transformar em energia pura e de alguma forma agora estávamos juntos e unidos para algum fim maior.
Eltyra e Shino ainda explicavam que o uso da força dos cristais por pessoas ou qualquer raça seria exclusivo e poucos poderiam usar de sua energia e que saberíamos a hora certa como guerreiros de utilizar a força dos cristais. Por esse motivo necessitaríamos o encontro entre todos que pudessem fazer o funcionamento perfeito de cada cristal e que precisaria de nós para o combate contra outros que pudessem utilizar os cristais para o mal e que a moça da floresta era uma delas, espionava nossa entrada para impedir que descobríssemos a verdade e nossas habilidades, pois sabiam que poderíamos nos defender.
Eu já não pensava como antes em mim fez-se uma coragem e sede de vitória, algo me despertou junto com o cristal meu coração ansiado por justiça e a partir dali estaríamos pronto para qualquer combate e situação. Shino aplaudiu nossa confiança e convidamos ela a se juntar a nós em volta do poço, uma outra energia se fundia a torre de luz fazendo com que se formasse até o céu com nossa energia. Esta era a hora.
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Continua....
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